Receitas Nestlé Cozinhar - Livro de Receitas Online

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Páscoa

Com a aproximação da quadra pascal quero informar que fui acometido de um sindrome agudo de nostalgia. Acontece que durante muitos anos, desde que me conheço, a Páscoa era passada em Arcos, Anadia que era a terra do meu Pai, onde era obrigatório comer na 6ª feira santa trutas pescadas por ele, a chanfana no sábado e o inevitável leitão no domingo.

O almoço de domingo de Páscoa era quase um ritual litúrgico no qual, a seguir à missa, estava a família toda à mesa a degustar uma cabidela de leitão quando chegava o bacorinho assado pela Preciosa em forno a lenha mesmo ali ao lado de casa.

Vinha a fumegar, com a pele dourada e estaladiça, e o meu Pai fazia o teste para verificar se o dito estava no ponto de assadura ou não. E a pobre da Preciosa à espera do veredicto. Este teste consistia em colocar um prato por baixo da cabeça do leitão e com a borda de outro prato na vertical colocado no pescoço arrancar a cabeça do dito. Se ela se desprendesse fácilmente, o bicho estava no ponto, senão voltava para o forno. Depois era trinchá-lo e saboreá-lo com a respectiva salada e as batatas fritas fininhas às rodelas bem secas e a indispensável baga da Bairrada.

Depois do almoço, esperavamos durante a tarde a chegada do Padre Vilarinho que levava a cruz a todas as casas, abençoava todos e lá dávamos um beijo nos pés de Cristo com as portas da casa abertas para quem quisesse entrar e lanchar o indispensável espumante bairradino acompanhado por outros petiscos entre os quais o folar barrado com queijo da serra.

Entretanto o meu Pai morreu há 11 anos e a família (chegavamos a sentar 30 pessoas à mesa) foi-se dispersando até que a Páscoa em Arcos acabou-se. Que saudades.........

Perdoem-me este acesso de nostalgia, mas quero realçar que ainda restam algumas tradições, principalmente no norte de Portugal que aliam a quadra religiosa com as tradições gastronómicas que merecem ser vividas e preservadas.

Bifinhos de Porco Enrolados, Recheados de ovos de Codorniz

Esta é uma receita muito simples, embora necessite de uma preparação algo demorada para enrolar os bifinhos recheados de ovos de codorniz. É uma receita versátil, visto que o recheio pode ser variado, com frutos secos (figos, ameixas, tamaras, etc.) ou farinheira, morcela, alheira, etc.

Este prato resolvi acompanhar com batata nova cozida com a casca (também fica muito bem com batata doce), legumes (cenoura e courgete) cozidos ao vapor e um delicioso puré de tamaras que combina na perfeição com a carne de porco.

Entradas

Antes de mais peço desculpa por ter estado tanto tempo sem postar, mas devido a problemas informáticos e outras actividades que de repente iniciei, como dar explicações de matemática a alguns miudos em fim de ano lectivo para tentar salvar a época, me deixaram com pouco tempo para postar, mas prometo que vou tentar postar com mais frequência apesar de o ano lectivo e/ou exames irem quase até ao fim do próximo mês.

Posto isto, quero apresentar uma das minhas entradas favoritas, que combina o salgado forte do queijo de cabra, tipo "chèvre" com o doce da geléia de marmelo (obrigado Nami, a sua geleia é fabulosa), com um toque do tostado das amêndoas torrradas. Isto tudo, numa base de massa folhada. O resultado é simplesmente divinal e é uma óptima entrada para qualquer refeição.

Entrecosto

Cá em casa todos adoram entrecosto. Quer seja grelhado na brasa ou assado no forno. Como em minha casa não tenho condições para ter um "barbecue" resolvi fazer assado no forno, temperado como qualquer carne de porco para assar no forno, mas resolvi adicionar ao molho do assado um toque de mel e vinho do Porto para dar o sabor doce que contrasta com a gordura da carne de porco. Ao mesmo tempo juntei umas batatinhas e assei tudo ao mesmo tempo. O resultado foi fantástico e para acompanhar fiz um puré de tâmaras, que digo-vos é uma combinação de comer e chorar por mais.

Tapas

Continuando nas tapas, ou se quiserem em entradas, aqui apresento uma Bôla de Carne, neste caso feita com bacon e presunto fatiados e que, para meu gosto fica muito bem como entrada de uma refeição, quentinha e acabada de fazer, mas também a acompanhar um bom vinho, num fim de tarde solarengo de Primavera.

Pode ser feita também para aproveitar restos de carnes de outras refeições, isto porque a crise está aí e não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar comida.

A base é uma massa com farinha, água, fermento de padeiro, azeite, ovos e banha que depois de tudo misturado deve-se deixar a levedar pelo menos 1 hora e meia para ficar fofa e macia.

Devo dizer que fiz uma para a festa dos 11 anos da minha filha e não sobrou nada.

Tapas

Antes de mais peço desculpa aos visitantes do "Bem Apurado" por ter estado um pouco ausente, mas circunstâncias da minha vida me impediram de postar com mais frequência. Prometo que vou tentar ser mais produtivo.

Vou aqui apresentar uma entrada ou se quiserem umas tapas que resolvi fazer para utilizar uns cogumelos que estavam para passar do prazo dentro de dois dias.

Então resolvi, pegar numas tostas barradas com manteiga de alho, coloquei um pouco de Ketchup, depois de saltear os cogumelos em azeite e alho, foram a gratinar com um pouco de mozzarela ralada e no fim coloquei umas metades de ovos de codorniz cozidos, para rematar.

Para quem gosta de tapear, como eu, o resultado foi fabuloso, esta entrada desapareceu num àpice, e ainda hoje me pedem que repita a receita mas com mais quantidade.